O drama de guerra 1917 foi um dos filmes de maior destaque de 2019. Retratando o sofrimento dos soldados que serviram na Primeira Guerra Mundial em um conflito marcado pela trincheiras, o diretor Sam Mendes escolher criar uma experiência imersiva para os espectadores. O filme é focado em dois cabos que recebem a missão de atravessar o campo de batalha e entregar uma mensagem que pode salvar a vida de mais de 1600 combatentes.
Ficou com vontade de saber mais sobre sobre o filme? Confira 8 curiosidades sobre as inspirações históricas do filme, os atores e as dificuldades das filmagens:
Índice do conteúdo
1. O filme é baseado na experiência do avô do diretor durante a Primeira Guerra Mundial
Quando subiu aos palcos do Globo de Ouro 2020, para receber os prêmios de Melhor Filme de Drama e Melhor Diretor, Sam Mendes dedicou o filme ao seu avô. A homenagem também pode ser vista nos créditos iniciais do filme. Isso porque 1917 foi inspirado nas histórias sobre a Primeira Guerra Mundial que o avô contava ao cineasta na infância.
Alfred H. Mendes foi enviado para a guerra quando tinha somente 17 anos em 1916 para combater ao lado dos Aliados. Por ser pequeno e ágil, a maior parte das suas funções eram entregar mensagens e ordens entre os oficiais do exército. Além das experiências do avô, o diretor e a equipe de produção do filme também fez uma grande pesquisa histórica sobre o período.
2. A primeira experiência de Sam Mendes como roteirista
Embora seja um produtor e diretor experiente, 1917 foi a sua primeira experiência de Sam Mendes como roteirista. Ele escreveu o filme em conjunto com a roteirista escocesa Krysty Wilson-Cairns. A dupla já havia trabalhado junto série Penny Dreadful (2014-2016), onde Mendes era um dos produtores e Wilson-Cairns era uma das roteiristas.
3. Tom Holland quase interpretou um dos protagonistas
Tom Holland foi cotado pelo diretor para interpretar o Cabo Blake no filme. Apesar das negociações terem acontecido, o ator teve que recusar a proposta por conta de conflitos de agenda. Na época, o ator estava na produção dos filmes Vingadores: Guerra Infinita (2018), Vingadores: Ultimato (2019) e de Homem-Aranha Longe de Casa (2020).
No lugar de Holland, Sam Mendes acabou escalando o jovem Dean-Charles Chapman para o papel. O ator é conhecido por interpretar Tommen Baratheon na série Game of Thrones (2011-2019).
4. Muitos dos atores do filme já haviam trabalhado juntos em outros projetos
Muitos atores que participaram de 1917 já haviam dividido a tela em projetos anteriores. Dean-Charles Chapman, por exemplo, já havia trabalhado com Richard Madden em Game of Thrones. Benedict Cumberbatch também tem diversos trabalhos com outros colegas de elenco: ele fez O Espião que Sabia Demais (2011) ele contracenou com Colin Firth e Mark Strong; e na série Sherlock (2010-presente), ele trabalhou com Andrew Scott. Além disso, Firth e Strong também apareceram juntos nos três filmes da franquia Kingsman (2014, 2017 e 2020) e em Febre de Bola (1997).
5. A sexta história de guerra com a participação de Benedict Cumberbatch
Os cinco trabalhos anteriores que se passam em períodos de guerra que Cumberbatch participou são: os filmes Desejo e Reparação (2007), Cavalo de Guerra (2011) e Jogo de Imitação (2014); e as minisséries Small Island (2009) e Parade’s End (2012). Além disso já é a segunda vez que ele interpreta um soldado britânico durante a Primeira Guerra Mundial, já que ele interpretou o Major James Stewart em Cavalo de Guerra.
6. O elenco ensaiou durante seis meses antes das filmagens
Antes de iniciar as filmagens, os dois atores principais tiveram que ensaiar durante meses em trincheiras construídas com caixas de papelão dentro do estúdio Shepperton (conhecido por ser lar dos filmes da franquia James Bond). O ensaio dos atores era não só pensado na coreografia e no trajeto que eles precisariam fazer para as cenas, mas também para que eles executassem tudo no tempo pré-determinado para cada cena. Em entrevista para a Vanity Fair, Sam Mendes revelou: “Nunca ensaiei um filme por tanto tempo ou com tantos detalhes” e que “Tivemos que dar todos os passos que os personagens dariam antes mesmo de projetarmos e construirmos os cenários”. Após os meses no estúdio, os atores também ensaiaram suas cenas em áreas demarcadas antes da produção dos cenários.
7. A sequência mais longa do filme tem 8 minutos e meio de duração
O trabalho da edição final de 1917 deu a sensação para os espectadores de que eles estavam assistindo a um filme que do filme que foi filmado continuamente, como um teatro. No entanto, esse não foi o caso. O filme é composto por várias tomadas que foram pensadas para aparentar uma grande sequência contínua. Mendes e o seu editor, Lee Smith, esconderam as transições entre as cenas pela movimentação de objetos e também em momentos onde a câmera passava por um lugar mais escuro. Segundo o diretor, o menor plano do filme tem uma duração de 39 segundos, enquanto o maior tem 8 minutos e meio.
8. O problema do isqueiro
1917 é um filme que exigiu muita coordenação entre a equipe técnica e criativa. Como o filme é composto por diversos planos-sequências, um pequeno problema ou erro pode fazer com que toda a sequência tenha que ser repetida diversas vezes.
Por isso, um problema com um isqueiro fez com que quase um dia inteiro fosse desperdiçado. Em uma sequência crucial do filme, um isqueiro precisa ser acendido, mas o objeto parecia não querer colaborar: ele simplesmente não acendia no momento certo.
9. Nenhum rato foi prejudicado durante as filmagens do filme
Nas trincheiras, os soldados tinham que lidar com a presença de muitos ratos durante a Primeira Guerra Mundial. Os roedores eram atraídos pelos cadáveres dos soldados mortos que eram enterrados nas trincheiras e acabavam infestando o local. Dessa forma, a presença dos ratos nas trincheiras não poderia estar de fora do filme. Inclusive, eles tem presença em uma das cenas mais tensas do filme. Sobre eles, Sam Mendes deu uma declaração bem humorada de que “nenhum rato foi prejudicado durante as filmagens do filme”.