A Festa Junina é uma comemoração tradicional brasileira que acontece no mês de junho. Esta festa, conhecida também como “Festa Joanina”, homenageia os santos São João, Santo Antônio e São Pedro.
Embora esta comemorações se tenha tornado parte do calendário religioso católico nos dias de hoje, na verdade ela tem raízes pagãs. Esta festividade surge durante o hemisfério norte para celebrar a chegada do verão – também no mês de junho – onde as pessoas homenageavam os deuses da natureza e da fertilidade e pediam por fartura nas colheitas.
As fogueiras nas quais são realizadas atividades comuns durante as festas juninas têm sua origem nesses rituais pagãos antigos. Elas representam a luz dos deuses, ou seja, a luz para guiar aqueles que estão em busca da sabedoria divina.
Por outro lado, o milho é um ingrediente fundamentalmente usado na produção de alimentos típicos das festas juninas visto que era necessário produzi-lo em grandes quantidades na altura das colheitas. Por isso ele construiu assim uma importante ligação entre a importância desta data milenar e os costumes populares do período colonial brasileiro.
Estas práticas ancestrais foram trazidas pelos portugueses à Brasil quando caíram nas terras coloniais e foram aderidas pela Igreja Católica pois já possuía certa popularidade entre os indivíduos locais devido à sua longínqua história pagã que remontava há centenas de anos atrás. Ainda hoje existem determinadas influências culturais africanas e indígenas nos costumes dessaa celebrações que podem ser variados entre regiões do país brasileiro apesar do caráter religioso ter predomínio sobre todas elas.
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Quem trouxe a Festa Junina para o Brasil?
A Festa Junina chegou ao Brasil no século XVI pelas mãos dos portugueses durante o processo de colonização. Desde então, essa celebração diversificou suas origens a partir da incorporação de elementos de outras culturas, tornando-se tipicamente brasileira e assumindo características próprias.
Uma das principais danças tradicionais é a quadrilha que tem origem nas chamadas danças nobres francesas. Outro costume popular é o conhecido “pau de fita”, uma brincadeira com uma fita de cetim segurada por volta do mastro de madeira que foi trazida da Península Ibérica. Também veio da Portugal o costume de soltar balões, hoje proibido no Brasil.
A decoração feita com bandeirinhas ganhou coloridos à medida em que começaram a estampar figuras de santos e se manteve como uma das formas tradicionais para colorear a festa junina. Na culinária brasileira, destacam-se as comidas feitas à base de milho que incluem bolinho de milho, cuscuz, pamonha, curau e pipoca – representando também uma forma celebrar a colheita desse alimento fundamental para economia do país.
Portanto, podemos afirmar que foi o período da colonização portuguesa que trouxe a Festa Junina para o Brasil – bem como outros costumes e tradições – onde ela floresceu e acabou sendo adotada pela população local com grande entusiasmo através dos Anos.
A Festa Junina no Brasil Hoje
No Brasil, a Festa Junina é uma tradição que se perpetua por mais de 400 anos. O que começou como um evento religioso católico, agora é um verdadeiro espetáculo de cultura popular brasileira.
Em meados do século 16, os portugueses trouxeram esta tradição para o país durante o processo de colonização. A Festa Joanina, como era conhecida na Península Ibérica, passou a chamar-se Festa Junina devido à celebração da solenidade de São João naquele mês.
Assim como as influências europeias foram presentes no início deste evento, elas também se fizeram presentes na forma pela qual ele foi adaptado à cultura brasileira. Um exemplo disso é sua dança emblemática: a Quadrilha, cuja origem remonta à nobreza francesa e hoje possui uma variação bastante regional. Além disso, existe também o costume de lançar balões (hoje proibido em virtude das leis ambientais), algo que também veio dos lusitanos.
Mesmo assim, há elementos distintivos das festividades juninas brasileiras. Por exemplo, as bandeirolas coloridas decoradas com figuras religiosas; velharias populares vendendo doces e comidas típicas; e a presença quase constante do forró badalado por toda parte durante os dias festivos.
Apesar disso, nem todo mundo no país celebrada a Festa Junina da mesma maneira: enquanto alguns estados realizam pequenos festivais locais nas cidades vizinhas, outros possuem grandiosas celebrações famosas em todo o mês de junho que podem até se estender para julho. Campina Grande (Paraíba) e Caruaru (Pernambuco) são algumas dessas cidades famosas que realizam extensivas celebrações juninas abrangentes de diversidade cultural e geram significativos fluxos financeiros para essa região.
Em suma, a Festa Junina continua sendo um grande ícone da cultura brasileira atualmente – oferecendo uma combinação única entre raízes europeias antigour mandando doces e comidas típicas; bandeirolas coloridas decoradas com figuras religiosas; e o som animado do forró marcando os diascultura popular contemporânea – reunindo ricamente em si todos os sabores desta terra tropical!
Qual a importância da Festa Junina?
A Festa Junina brasileira é um importante marco na cultura nacional e muito mais que um período de diversão. Desde o seu surgimento, ela tem sido uma ferramenta de renovação cultural, união e desenvolvimento socioeconômico local e regional.
Durante os festejos juninos, as cidades baianas recebem grandes fluxos turísticos. O São João também gera resultados expressivos no mercado financeiro nacional, pois é responsável por uma parcela significativa das movimentações financeiras do país. As festividades são consideradas uma renda extra para comerciantes e artistas locais, sendo fundamentais para sustentar diversas famílias. Além disso, elas servem como meio de vinculação dos moradores à cultura local, alimentando sentimentos de pertencimento às suas cidades.
No entanto, 2021 foi um ano atípico para a Festa Junina brasileira devido a pandemia Covid-19. Desde o início da quarentena em março deste ano, o Ministério do Turismo previu prejuízos na dinâmica do setor cultural de cerca de R$1 bilhão e o cancelamento dos festejos juninos por todo país. Sem essa abertura tradicionalmente direcionada a grandes investimentos no turismo nacional, os barraqueiros enfrentam graves problemas financeiros que precisam ser solucionados com novas políticas públicas.
Nesse contexto, é fundamental que governos municipais estabeleçam meios de incentivar as expressões culturais regionais e incentivar agentes que tenham sofrido prejuízos durante esse período inusitado. Estabelecer politicas públicas adequadas também permitirá a manutenção dessa tradição tão característica do Brasil em 2022 e consequentemente reforça seu destaque turístico mundialmente reconhecido.