Desde que a China assumiu a soberania de Hong Kong em 1997, os habitantes da cidade têm enfrentado um aumento nas restrições à liberdade. Em recente manifestação, os protestos abalaram o aeroporto e paralisaram o tráfego aéreo. Entenda o motivo dos protestos em Hong Kong.
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O que desencadeou os protestos em Hong Kong em 2014?
Desde o início da semana, manifestantes em Hong Kong tomaram as ruas em protesto contra a China. Os manifestantes estão insatisfeitos com a maneira como o governo chinês está lidando com a questão da democracia na região. Em setembro, um comitê do Partido Comunista Chinês anunciou que, em 2017, Hong Kong terá eleições para o cargo de chefe do executivo, mas os candidatos serão selecionados por um painel de 1.200 líderes da cidade. Os manifestantes acreditam que isso não representa uma verdadeira eleição e estão pedindo eleições livres e diretas. Além disso, os manifestantes também estão pedindo a libertação de um líder opositor que foi preso em agosto.
Porque Hong Kong foi devolvido à China?
Desde que a China anunciou sua intenção de impor uma lei de segurança nacional em Hong Kong, milhares de pessoas saíram às ruas para protestar. A lei ameaça a liberdade e a autonomia do território, e os manifestantes temem que ela possa ser usada para reprimir a dissidência e stifler a liberdade de expressão.
Os protestos começaram em 9 de junho, quando cerca de um milhão de pessoas marcharam pelas ruas de Hong Kong para se opor à lei. Desde então, houve vários confrontos violentos entre manifestantes e a polícia, que usou gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar as multidões.
A origem dos protestos está nas raízes históricas do território. Em 1997, Hong Kong foi devolvida à China pelo Reino Unido, após mais de 150 anos de domínio britânico. Como parte do acordo, a China concordou em permitir que o território mantivesse suas próprias leis e sistema político por 50 anos, o que é conhecido como um “um país, dois sistemas”.
No entanto, os manifestantes temem que a China esteja cada vez mais interferindo nas questões internas de Hong Kong e erodindo seus direitos e liberdades. Eles estão exigindo que a China abandone a lei de segurança nacional e que o território seja autônomo.
Quais as principais causas e consequências do conflito entre a China e Hong Kong?
Desde que a China anunciou seu plano de implementar uma lei de extradição em Hong Kong, o território tem sido palco de intensos protestos. A lei permitiria que criminosos acusados na China fossem enviados para lá para serem julgados, o que os manifestantes veem como uma ameaça às liberdades civis que eles desfrutam enquanto parte da China. Os manifestantes também estão protestando contra a crescente influência da China sobre Hong Kong e o que eles percebem como um esforço para erodir a autonomia do território.
Enquanto os protestos iniciais foram pacíficos, eles logo se tornaram mais violentos, com confrontos frequentes entre manifestantes e a polícia. Isso resultou em várias mortes e centenas de feridos, além de um número indeterminado de pessoas presas. A China também enfrenta críticas internacionais por sua resposta aos protestos, incluindo a restrição do acesso à internet e às mídias sociais, bem como a detenção arbitrária de manifestantes.
Qual é a situação política atual de Hong Kong?
A região administrativa especial de Hong Kong é uma das mais densamente povoadas do mundo, com mais de 7 milhões de habitantes em 1.106 km². Situada na costa sul da China, a ex-colônia britânica é um importante centro financeiro e comercial da Ásia. Em 1997, após anos de controvérsia, Hong Kong foi devolvida à China, mas mantém certa autonomia em relação ao governo central, o que inclui um sistema jurídico independente e direitos democráticos.
Desde então, a população de Hong Kong tem enfrentado diversos problemas, como a falta de moradia e o alto custo de vida. A crise política atual teve início em 2019, quando o governo chinês anunciou uma proposta de lei que permitiria a extradição de criminosos para a China continental. A medida, que foi amplamente criticada, acendeu o sentimento de separação entre a população de Hong Kong e o governo chinês. Em 2020, as protestos contra a lei de extradição foram reavivados devido à pandemia do coronavírus, que afetou gravemente a economia local.
Quais são os conflitos territoriais da China?
O território da China está envolvido em diversos conflitos, sobretudo no Mar da China e na fronteira com a Índia. No Mar da China, a disputa é pela soberania de ilhas e arquipélagos, que são ricos em minerais e petróleo. A principal disputa é entre a China, Taiwan e Japão pelas Ilhas Diaoyu/Senkaku. A China também tem conflitos marítimos com a Filipinas, Vietnã e Malásia.
Na fronteira com a Índia, o principal conflito é pelo controle do território do Aksai Chin, que faz parte do estado indiano de Jammu e Caxemira. A China também reivindica o Arunachal Pradesh, um estado da Índia. Esses conflitos são históricos e datam da época da Guerra Fria, quando a Índia era aliada dos Estados Unidos e a China era aliada da União Soviética.
Quando a Inglaterra saiu de Hong Kong?
Em 30 de junho de 1997, a Inglaterra deixou oficialmente Hong Kong e entregou a China. A transferência de poder foi acordada em 1984, quando a China e a Inglaterra assinaram o Acordo Sino-Britânico sobre a Questão de Hong Kong. No acordo, ficou estabelecido que Hong Kong seria mantida como uma região administrativa especial da China por pelo menos 50 anos após a transferência de poder.
Desde então, houve muita especulação sobre o futuro de Hong Kong. Apesar de estar oficialmente sob a autoridade da China, Hong Kong tem um sistema jurídico separado, bem como um governo e uma economia prósperas. Além disso, a maioria dos habitantes de Hong Kong são descendentes de imigrantes chineses que buscaram refúgio no território
Em que momento histórico a China cedeu Hong Kong a Inglaterra?
Em 1997, a China cedeu Hong Kong à Inglaterra após uma longa disputa que durou séculos. A Inglaterra assumiu o controle de Hong Kong em 1841, após a Convenção de Chuenpi, e manteve o controle até 1997, quando a soberania foi transferida de volta à China. Desde então, Hong Kong é oficialmente um território da China, mas mantém algumas liberdades que outros territórios da China não têm, como um sistema jurídico separado e maior liberdade de expressão.
Quais as consequências da devolução de Hong Kong?
Desde que a China anunciou sua intenção de impor uma lei de segurança nacional em Hong Kong, os habitantes da região estão em estado de alerta. A medida, segundo o governo chines, visa combater o terrorismo e a subversão, mas muitos temem que seja usada para reprimir a dissidência e acabar com a autonomia da região.
Nos últimos meses, houve diversos protestos em Hong Kong contra a lei de segurança nacional, e mais recentemente contra a devolução da região à China. A pressão dos manifestantes fez com que o governo adiasse a votação da lei, mas isso não acalma os ânimos.
A devolução de Hong Kong à China foi um processo gradual iniciado em 1997, quando a região foi transferida da administração britânica para o governo chinês. A China prometeu que Hong Kong manteria sua autonomia por 50 anos, mas isso está chegando ao fim, e os habitantes da região estão preocupados com o futuro.
A lei de segurança nacional é apenas o último em uma série de movimentos da China que têm minado a autonomia de Hong Kong. Nos últimos anos, tem havido um aumento na interferência do governo chinês na região, incluindo a extradição forçada de dissidentes para a China continental.
Além disso, o governo chinês tem ignorado diversas decisões da Corte Suprema de Hong Kong, e recentemente impôs uma lei eleitoral que favorece os candidatos leais à China. Tudo isso tem criado um clima de tensão e incerteza na região.
A devolução de Hong Kong à China pode ter consequências significativas para a região, tanto para os habitantes quanto para a economia. A autonomia de Hong Kong é vital para o seu sucesso como um centro financeiro internacional, e qualquer diminuição da liberdade pode afugentar investimentos e empresas.
Além disso, a China já demonstrou que não hesita em usar a força para impor sua vontade, como foi o caso do massacre de Tiananmen em 1989. Se a China decidir reprimir os protestos em Hong Kong com violência, isso pode causar uma onda de choque na região e levar a mais conflitos.
Por que Taiwan pertence à China?
Os protestos na região de Hong Kong são um exemplo de como a China está lidando com a questão da sua soberania sobre Taiwan. A China enviou tropas para a ilha em 1949, após a derrota do Exército Nacionalista na Guerra Civil Chinesa, e desde então tem mantido uma presença militar na ilha. A China vê Taiwan como uma província rebelde que deve ser reunificada com o continente, enquanto Taiwan se considera uma nação independente.
A questão da soberania de Taiwan é um dos principais motivos dos protestos em Hong Kong. Os manifestantes acreditam que a China está tentando erradicar a identidade local e impor sua própria visão autoritária sobre a região. Eles também estão preocupados com o fato de que a China pode usar sua presença militar na ilha para atacar Hong Kong, caso os protestos não sejam interrompidos.